segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Como dar um voto consciente – Parte I

voto



É interessante que nós, homens de Deus, pessoas de boa vontade, ao discernirmos nossos candidatos verifiquemos quais motivos nos levam ou nos afastam de certo candidato. Temos  que refletir na nossa consciência o que há por trás desta escolha. Este processo de conscientização nos ajudaria a melhor escolher segundo nossas próprias convicções.
Na política, temos que escolher o que? Nossos representantes, pessoas que vão votar as leis e pô-las em prática para o benefício comum e do mais fraco. Escolheremos aqueles que, do ponto de vista estruturado vão fazer a lei , executá-la e julgar sua aplicação.
O mais interessante -  e que muitas vezes é esquecido – é que a autoridade suprema do país num regime democrático é o povo. É  o povo quem escolhe estes representantes segundo o que julgou a respeito deles, por meio do voto – muito acima de qualquer mobilização posterior –   é o grande meio de ser usado seu poder. Outrossim, por mais que seja verdade este poder máximo, é evidente que pode não se saber usar tal potência. Também seu resultado não se dá segundo o interesse único de cada um, mas da maioria. Infelizmente tal povo, tal supremo líder do país, parece fazer uso deste seu poder sem a consciência apropriada de sua importância, sem se basear nos meios corretos para isto. O poder do povo pode muitas vezes ser utilizado mediante motivos desvirtuados dos princípios verdadeiros que o deveriam  guiar. Muitas vezes, estes escolhem seus candidatos por motivos incorretos como simpatia, desinteresse, favores, amizades, atração do marketing, partidários que o influenciam, e assim acabam escolhendo candidatos que não são as melhores opções, ou que pelo menos, não precisam ser forçados a terem as melhores ideias e propósitos.
É nesta hora, antes de qualquer outra, que nós, este povo,  precisamos ser conscientes e conscientizarmos. Este que vai ser escolhido e defendido comunga com o direito, a verdade e a justiça? Essa pessoa fará – por que em seu histórico já fez – o que é certo, justo, promissor, importante?
Para nós que respeitamos a vida, o progresso, a liberdade, a justiça, os valores morais e éticos, o bem comum, precisamos nos apoiar nestas premissas, temos que buscar em nossos candidatos tais pontos, e esquecer o que é motivação errada. Porém, devemos levar em conta que não é um jogo de quantidade de pontos a favor e quantidade de contras. É preciso ver cada fato, e cada ponto, pois alguns deles podem simplesmente anular todos os outros, por mais que sejam numerosos, como é o caso de ser contra a defesa da vida ou da liberdade.
É inadmissível escolhermos por partidarismo, apadrinhamento político, amizades, favores, pois nós estamos escolhendo pessoas que vão passar anos decidindo a vida de todo a nação, estado e cidade, depois do tempo de votação é dificílimo voltar atrás. O pior mal numa hora destas é se basear em militantes de um só lado, ou ter que ouvir quem já está obcecado pelo candidato.
Temos que desde já escolher bem, e isto deve ser feito de acordo com o que já vimos a pessoa fazer, pelo que ela se propõe, pelo que ela é capaz. Neste momento é hora de deixar de lado as opiniões circundantes e próprias e ver os fatos, das varias formas, das várias maneiras. Deixando às vezes até o orgulho e os pontinhos de honra do próprio histórico partidário de lado. E quanto ao candidato em questão, vermos dentro do contexto que se apresenta, se ele se mostra digno de nossa escolha. Estes pontos já citados podem ajudar, mas temos que analisar melhor, ouvir o que a mídia diz – porém nunca de uma só fonte – assistir e saber dos debates, conhecer seus programas eleitorais, entender o que significam, ouvir quem defende um candidato e quem defende o outro. É claro que devo procurar nos mais sábios, nos mais atentos às realidades atuais,  sabendo, é claro, que estes não tem a palavra final. Saber ainda, o que a voz oficial da Igreja em suas notas, pronunciamentos, representantes diretos oficiais orientam, separando devidamente o que é opção pessoal e o que a sua voz oficial.
Com isto em mãos, é preciso agora, refletir e meditar bem e ir ao grande juiz, o grande guia: Levar para diante de Deus e discernir devidamente. Como são coisas tão importantes da nossa vida e da de tantas pessoas, então devemos mesmo esperar de Deus esta resposta, ainda que seja, devido nossa surdez, não por sua voz, mas por sua condução, pois à medida que entrego algo a Deus, Ele vai tomando o controle das ações, desta decisão. E deixemos Deus dar força ao que é argumento verdadeiro, e eliminar o que é falsa motivação, até que caiam por terra todos os enganos. Pronto! Estando conscientes de qual é o melhor candidato, estando conscientes de diante de Deus termos visto os motivos justos para escolhê-lo, passarmos a usar estes argumentos para defender e apoiar esta escolha. Assim saber dialogar, saber iluminar, sabendo não ser partidários, e sabendo estar aberto a continuar ouvindo a Deus, pois posso ouvir melhor mais adiante. E vamos consciente para esta votação. Podemos errar? Sim, mas desta maneira estaremos bem mais confiantes, de consciência reta, e atentos à verdade de que só Deus é perfeito.

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