quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Oração de consagração do matrimônio

"Consagro nosso presente… Todas as situações que estamos vivendo agora coloco em Suas mãos"

Couple praying together_


Meu Deus, animado pelo poder e pela força do Sacramento do Matrimônio, encontro-me hoje aqui, para consagrar totalmente e mais uma vez nosso relacionamento.

Consagro e relembro agora, com alegria, o dia em que pronunciamos no altar, perante o sacerdote, nossos parentes e amigos, o compromisso de nos tornarmos uma só carne através de um Sim, selado, confirmado e abençoado pelo Senhor.

Consagro nosso passado… Cada dia do nosso casamento em que pensei que não fosse capaz de sustentar e levar adiante o meu Sim. Entrego tudo ao Seu Amor, pedindo que cure em nosso coração as feridas que causaram dor e ressentimento.

Consagro nosso presente… Todas as situações que estamos vivendo agora coloco em Suas mãos. As dificuldades e as alegrias de nossa vida em comum. Peço a graça para dizer meu Sim no dia de hoje, pedindo perdão e perdoando profundamente (meu esposo/minha esposa).

Consagro nosso futuro… Consagro o Sim de cada dia que há de vir, vivendo cada um destes dias com o mesmo amor e entusiasmo do dia de nosso casamento.

Comprometo-me, deste momento em diante, a ser um instrumento de santificação e salvação eterna para (meu marido/minha esposa).

Amém.

Autor: Pe. Eduardo Dougherty, scj

 Fonte: Aleteia 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Frei Galvão, Rogai por nós!


A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, com fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz.

Santo Antônio Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, no interior do estado de São Paulo, cidade que na Época pertencia a Diocese do Rio de Janeiro. Com a criação da diocese de São Paulo, em 1745, viveu praticamente nesta diocese: 1762-1822. O ambiente  familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio  social  e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, o mandou, com a idade de 13 anos, para Belém (Bahia) a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Ficou no colégio de 1752 a 1756, com notáveis progressos no estudo e na prática da vida cristã. Com o clima antijesuitico provocado pela atuação do marquês de Pombal, Antônio entrou para os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro e Alcântara, em Taubaté, SP.


 
 Vamos conhecer um pouco sobre a vida e a obra de Santo Antônio
de Sant'Ana Galvão
, primeiro Santo brasileiro canonizado
pelo Papa Bento XVI

  Aos 21 anos, no dia 15 de abril de 1760, Antonio ingressou no noviciado no convento de São Boaventura, na vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Aos 16 de abril de 1761 fez a profissão solene e o juramento, segundo o uso dos franciscanos, de se empenhar na defesa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, doutrina aceita e defendida pela ordem franciscana.

Um ano depois da profissão religiosa, Frei Antonio foi admitido a ordenação sacerdotal, aos 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Depois de ordenado, foi mandado para o convento de São Francisco, em São Paulo, com o fim de aperfeiçoar os estudos de filosofia e teologia como também exercitar-se no apostolado. Sua maturidade espiritual franciscano-Mariana teve sua expressão máxima na "entrega a Maria" como seu "filho e escravo perpétuo", entrega assinada com o próprio sangue aos 9 de novembro de 1766.Terminados os estudos em 1768, foi nomeado pregador, confessor dos leigos e porteiro do convento. Foi confessor estimado e procurado, e, muitas vezes, quando era chamado ia a pé, mesmo aos lugares distantes.

Em 1769-70 foi designado confessor do Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo. Neste recolhimento, encontrou irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo recolhimento. Frei Galvão, como confessor, ouviu e estudou tais mensagens e solicitou o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, que reconheceram tais visões como válidas.

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 Na docilidade à vontade da Providência, em
detrimento da própria, brilhou a santidade
de Frei Galvão

A data oficial da fundação do novo recolhimento é 2 de fevereiro de 1774. Irmã Helena queria modelar o recolhimento segundo a ordem carmelitana, mas o bispo de São Paulo, franciscano e intrépido defensor da Imaculada, quis que fosse segundo as concepcionistas aprovadas pelo Papa Júlio II, em 1511. A fundação passou a se chamar Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Previdência, e Frei Galvão, o fundador de uma instituição que continua até nossos dias. Aos 23 de fevereiro de 1775 morreu, quase imprevistamente, irmã Helena.

Frei Galvão encontrou-se como único sustentáculo das recolhidas, missão que exerceu com humildade e grande prudência. Pelo grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante quatorze anos (1774-1788), Frei Galvão cuidou da construção do recolhimento. Outros quatorze (1788-1802) dedicou á construção da Igreja, inaugurada aos 15 de agosto de 1802.A obra, "materialização do gênio e da santidade de Frei Galvão", em 1988, tornou-se por decisão da Unesco "patrimônio da Humanidade". Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da ordem franciscana, deu muita atenção e o melhor de suas forcas á formação das recolhidas. Para elas escreveu um regulamento ou estatuto. Em 1929, o recolhimento tornou-se mosteiro, incorporado á ordem da Imaculada Conceição (concepcionistas).

Frei Galvão foi mandado para o exílio pelo capitão-general de São Paulo porque tomou a defesa do soldado Gaetaninho.A população, porém, se levantou contra a injustiça de tal ordem, que imediatamente foi revogada. Em 1781, o Servo de Deus foi nomeado mestre do noviciado de Macacu, Rio de Janeiro, pelos dotes pessoais, profunda vida espiritual e grande zelo apostólico. O bispo, porém, que o queria em São Paulo, não fez chegar a ele a carta do superior provincial, «para não privar seu bispado de tão virtuoso religioso (...) que desde que entrou na religião até o presente dia tem tido um procedimento exemplaríssimo pela qual razão o aclamam santo". Frei Galvão foi nomeado guardião do convento de São Francisco em São Paulo, em 1798, e reeleito em 1801.

A nomeação de guardião provocou desorientação nas recolhidas da Luz. A preocupação das religiosas é necessário acrescentar aquela do "Senado da Câmara de São Paulo" e do bispo da cidade, que escreveram ao provincial: "Todos os moradores desta Cidade não poderão suportar um só momento a ausência do dito religioso (...) Este homem, tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de 5. Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho: todos acodem a pedir­-lho; é o homem da paz e da caridade". Graças a estas cartas, Frei Galvão tornou-se guardião, sem deixar a direção espiritual das recolhidas e do povo de São Paulo.

Em 1802, Frei Galvão recebeu o privilégio de definidor pela solicitação do provincial ao núncio apostólico de Portugal, porque "é um religioso que por seus costumes e por sua exemplaríssima vida serve de honra e de consolação a todos os seus Irmãos, e todo o Povo daquela Capitania de São Paulo, Senado da Câmara e o mesmo Bispo Diocesano o respeitam como um varão santo".

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Sentado junto à janela, e nvolvido pela
quietude do mosteiro, Frei Galvão
costumava rezar

Em 1808, pela estima que gozava dentro de sua ordem, foi-lhe confiado o cargo de visitador geral e presidente do capítulo, mas devido a seu estado de saúde foi obrigado a renunciar. Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o recolhimento de Santa Clara em Sorocaba, no estado de São Paulo. Quando as forcas impediram o ir-e-vir diário do convento de São Francisco ao recolhimento, obteve dos seus superiores (bispo e guardião) a autorlzação para ficar no recolhimento da Luz.

Durante sua última doença, Frei Antonio passou a morar num "quartinho" (espécie de corredor) atrás do tabernáculo, no fundo da igreja. Terminou sua vida terrena aos 23 de dezembro de 1822, pelas 10 horas da manhã, confortado pelos sacramentos e assistido pelo seu padre guardião, dois confrades e dois sacerdotes diocesanos. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do recolhimento que ele mesmo construirá. 2. Mensagem e atualidade Frei Antônio de Sant'Anna Galvão foi definido pela Câmara de São Paulo como «o homem da paz e da caridade", por urna inspiração do Espírito Santo. E esta definição constitui a marca da vida do beato.

A coleta bem como as demais orações da liturgia da missa em honra de Frei Galvão sublinham estas duas grandes virtudes, que brilharam na vida e na obra do Santo Antônio Galvão.

Desde pequeno foi iniciado ainda pela mãe a ajudar os pobres de Guaratinguetá, pois dona Izabel, ao morrer, havia deixado todas as suas vestes para os pobres. O pai, Antônio, sempre foi solícito pelos mais necessitados. Portanto, aprendera em família a amar os prediletos de Deus.

A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". "Foi frade de muita caridade, foi frade de muita vida espiritual, antes de tudo", escreveu Frei Henrique Golland Trindade, mais tarde bispo de Botucatu, SP Além desse testemunho, ternos o depoimento das religiosas mais antigas do recolhimento da Luz, que afirmam: "Amava os pobres e muitas vezes pagava as suas dividas. Mesmo de noite ia visitar os doentes e procurava animar e consolar os aflitos"

Fama de santidade

Sobre a fama de santidade de Frei Galvão, fala com ardor e autoridade a Irmã Célia Cadorin, postuladora da sua causa de canonização, em declarações à Revista Arautos do Evangelho.

Ela ressalta ser indispensável que a fama de santidade de um candidato aos altares seja evidenciada na vida, na morte e depois da morte. Para este efeito, ela esquadrinhou os arquivos da Prefeitura de São Paulo, do Instituto Histórico, da Cúria provincial dos franciscanos e, sobretudo, do Mosteiro da Luz. Não faltaram as provas e documentos.

"O processo inteiro comportou quase 10 mil páginas, contendo um relato sintético de mais de 8 mil graças alcançadas", explica Irmã Célia. E, dentre os documentos anexados, cita como exemplo uma ata contemporânea do Santo, da Câmara de São Paulo, na qual se diz: "Este homem é preciosíssimo a toda esta cidade e vila da Capitania de São Paulo. É um homem religiosíssimo e de prudente conselho.

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 O Convento da Luz no séc. XIX - óleo de Benedito Calixto -
Museu do Convento da Luz

Todos acodem a fazer-lhe pedidos. É um homem de paz e caridade".

O Mosteiro de Nossa Senhora da Luz

Mas, se quisermos citar a maior obra de sua vida, que marcaria para sempre a grande cidade de São Paulo, devemos falar do Mosteiro de Nossa Senhora da Luz. De tal maneira Frei Galvão ligou sua existência ao novo mosteiro, que não podemos mencionar essa instituição sem que o seu nome nos venha logo à memória; bem como não podemos nos referir ao santo religioso sem nos lembrarmos desse convento.

Frei Galvão recebeu, no início de suas incumbências sacerdotais, três encargos: o de pregador da ordem franciscana, o de porteiro - que o tornou muito conhecido - e o de confessor do Recolhimento de Santa Teresa, onde viviam algumas monjas. Era o único estabelecimento de religiosas então existente em São Paulo. Chamava-se "recolhimento" porque naqueles tempos de perseguição religiosa o termo "mosteiro" era imprudente perante o governador.

Nessa singela comunidade que Frei Galvão passou a dirigir, vivia uma alma eleita: Irmã Helena Maria do Sacramento. A essa devota freira foi revelado ser desejo de Deus que Frei Antônio de Sant'Ana Galvão fundasse um novo convento na cidade de São Paulo. Caso perigoso e delicado! Por um lado, havia proibição formal da parte do Marquês de Pombal de receber noviços em qualquer instituição, sob pena de morte; e por outro, a natureza daquela revelação seria posta à prova por muitos. O próprio Santo refletiu longamente, consultou os canonistas e, sobretudo, analisou aquela alma. Sua conclusão foi: é de fato um desejo inspirado, fundemos o novo convento.Escolheu-se o Campo da Luz, onde havia já uma antiga capelinha dedicada a Nossa Senhora da Luz, numa região totalmente despovoada e não distante do rio Anhembi. Começou, a partir daí, um calvário de dissabores e provações que para o Santo se traduziam em provas visíveis de ser este o desígnio de Deus. A pequena comunidade que ali passou a viver em instalações provisórias sofreu de tudo: o mandado de que fosse extinto o Recolhimento, a fome e a miséria que quase as levaram à morte, a privação da assistência de Frei Galvão até passar a tormenta... Mas o Senhor queria "construir a casa sobre a rocha" e, na raiz dessa heróica fundação, era necessário o sofrimento de todos.

Por fim, depois de obtidas as devidas licenças, Frei Galvão iniciou a construção do belo mosteiro que se mantém em suas linhas gerais tal qual o vemos hoje.

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 Ao túmulo de Frei Galvão acorrem numerosos
devotos para rezar ou em busca das
famosas "pílulas"

O filho do Capitão-Mor de Guaratinguetá tornou-se mendigo pela obra de Deus. Angariou fundos e operários para a construção, fez longas e penosas viagens - sempre a pé -, divulgando e mobilizando a população a contribuir para causa tão nobre. As doações chegavam, mas não bastavam... Em uma palavra, ele próprio foi a pedra angular dessa casa de Maria Santíssima e de seu Divino Filho, chegando a trabalhar pessoalmente naquele rude ofício. Mas... que consolação!

De seu sofrimento brotaram inúmeras vocações, que não tardaram em apresentar-se, e o Mosteiro de Nossa Senhora da Luz logo ficou conhecido como "um viveiro de santas", formadas nas luminosas vias indicadas por seu fundador. Quantas graças para a salvação das almas não terão sido obtidas através dos sacrifícios oferecidos por essas virgens consagradas?

As "pílulas" de Frei Galvão

Entre as numerosas graças recebidas pela intercessão de Frei Galvão destacam-se, pela simplicidade e pela maravilhosa confiança na Mãe de Deus que encerram, as pílulas miraculosas.

Esse costume tão característico de nosso Santo - ininterruptamente seguido por milhares de fiéis desde quando ele era vivo até os dias de hoje - comprova, pelas graças e feitos portentosos que opera, não ser uma mera crença popular. A Irmã Célia Cadorin explica a origem das pílulas.

Diz a história que certo dia apresentaram a Frei Galvão um moço com muitas dores, sem poder expelir uns cálculos renais. O santo religioso movido de compaixão, depois de rezar teve uma súbita inspiração. Escreveu em três papelinhos a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: "Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis", ou seja: "Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós".

Enrolou os papeizinhos em forma de pílula e deu ao jovem para que os tomasse como remédio. Logo depois o moço expeliu um grande cálculo e ficou curado. Mais tarde um homem aflito procurou Frei Galvão, dizendo que sua esposa, que ia dar à luz, estava muito mal. Novamente ele se lembrou do versículo do ofício de Nossa Senhora escreveu, enrolou e mandou as pílulas para a mulher. Depois de tomá-las, ela deu à luz sem nenhum problema.

Estes e outros fatos se propagaram rapidamente e os pedidos dos célebres papelinhos, ou pílulas, ficaram muito freqüentes.

Frei Galvão ensinou às irmãs do Recolhimento a fazerem pílulas, de modo que, mesmo em sua ausência, as pudessem dar às pessoas que viessem pedir na portaria do Convento.

No início as pílulas eram procuradas sobretudo pelas parturientes. Com o tempo, porém, começaram a ser usadas por quem sofria de enfermidades diversas, de modo especial problemas renais, cálculos ou pedras nos rins. E até para a conversão de pecadores. Hoje em dia são solicitadas por homens, mulheres e jovens que nas doenças - principalmente câncer - ou em dificuldades de toda espécie, invocam a intercessão do servo de Deus e as tomam com fé.

Animam suam in manibus suis semper tenens

A morte colheu Frei Galvão na mesma serenidade que conservou durante a vida e seus últimos dias foram uma expressão fiel do altíssimo grau de santidade que ele havia atingido.

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 Imagem de Sant'Ana que pertenceu a
Frei Galvão - Convento da Luz

Entregou sua alma a Deus no dia 23 de dezembro de 1822, quando contava 84 anos, numa pobre cela atrás da capela do mosteiro por ele construído. Se quisermos definir a vida deste perfeito filho de São Francisco, não encontraremos melhores palavras que aquelas figuradas em seu epitáfio no Mosteiro de Nossa Senhora da Luz: "Animam suam in manibus suis semper tenens". Sempre teve a sua alma nas mãos. Com efeito, depois do pecado cometido por nossos primeiros pais, o gênero humano perdeu aquela completa harmonia de todas as suas inclinações, que era o dom de integridade.

Reduzidos à dura prova de lutar contra si mesmos mais do que contra qualquer adversidade de sua existência, os homens passaram a depender em maior grau da graça divina do que de suas próprias forças, porque já não encontravam em sua natureza o antigo estado de perfeição. É precisamente nessa docilidade à vontade da Providência em detrimento da sua própria que brilhou a santidade de Frei Galvão: flexível ao sopro do Espírito Santo, esqueceu-se por completo de si mesmo e sepultou as suas deliberações no Coração do Divino Mestre.

Daí lhe veio a incomum virtude da fortaleza à qual ninguém resistia: era amado pelo povo, respeitado pelas autoridades, obedecido pelas religiosas, procurado pelas crianças.

Com quanta razão disse Santo Agostinho: "É necessário que a mente sejamais poderosa que a paixão, e a domine. Quanto mais uma virtude for nobre e sublime, mais ela será forte e invencível. Nenhuma alma viciada pode dominar outra munida de virtudes" (1).

Ao receber a merecida honra dos altares, queira Santo Antônio de Sant'Ana Galvão continuar prodigalizando tantos favores quanto os que já tem obtido para a nação que ele tanto desejou ver firme na fé. Feliz o Brasil por ter tal filho! Feliz a Igreja por ter tal Santo! ² 1) O livre-arbítrio, Paulus, São Paulo, 1995, pp. 48-49 (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2007, n. 65, p. 20 à 25)



FREI GALVAO

Fonte: Arautos

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias

Papa Francisco, em seus discursos e mensagens no Twitter, deixa sete conselhos para as famílias

1 – Diálogo entre mãe e filhos
O espírito de amor que reina numa família guia tanto a mãe quanto o filho nos seus diálogos, nos quais se ensina e aprende, se corrige e valoriza o que é bom.
2 – Não dormir sem se reconciliar
Não acabeis o dia sem fazer as pazes. A paz se faz, de novo, a cada dia em família. Um “desculpe-me” e assim se recomeça. “Com licença”, “obrigado” e “desculpe-me”! Podemos dizê-los juntos? Pratiquemos essas três palavras em família, perdoando-se a cada dia!
Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias
3 – Trocai afetos entre si
“A família é o lugar onde nós recebemos o nome, é o lugar dos afetos, o espaço de intimidade onde se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal”.

4 – Visitar os santuários e locais de peregrinação

«Caminhar juntos para os santuários e participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador». Não coarctemos nem pretendamos controlar essa força missionária.

5 – Ler juntos o Evangelho

“Seria maravilhoso rezar juntos em família o terço. A oração faz com que a vida familiar torne-se ainda mais sólida.” Twitter de 6 de maio de 2013
“Uma família iluminada pelo Evangelho é uma escola de vida cristã. Nela se aprende fidelidade, paciência e sacrifício.” Twitter 10 de maio de 2014
6- Cultivar relações sadias
Conscientes de que o amor familiar enobrece tudo o que o homem faz e lhe dá um valor agregado, é importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre seus membros, como dizer uns aos outros “perdão”, obrigada”, “por favor” e dirigir-se a Deus com o belo nome de Pai.
7- Esposos cristãos, testemunhem seu matrimônio
Por um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos testemunham que o matrimônio, por ser sacramento, é a base onde se funda a família e faz mais sólida a união dos cônjuges e sua entrega recíproca.

Fonte: Canção Nova

A unção dos enfermos perdoa pecados?

O sacramento da unção dos enfermos é uma graça que o Senhor nos concede por meio da Igreja
“Alguém dentre vós está sofrendo? Recorra à oração. Alguém está alegre? Entoe hinos. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. A oração feita da fé salvará” (Tg 5,13-15)
O sacramento da unção dos enfermos é uma graça que o Senhor nos concede por meio da Igreja. Para nós católicos, a oração de cura e a unção têm muito valor. Como lemos na carta de São Tiago, quando alguém está doente deve recorrer à oração, ao céu e, claro, aos médicos e tratamentos, como nos recomenda a Igreja, pois também estes são dons do Senhor para a cura.
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O sacramento da reconciliação é o primeiro sacramento de cura; depois dele, há a unção dos enfermos, que, antigamente, era chamada de “extrema unção”. O nome mudou. Ainda bem! Ficou mais suave. O nome antigo ainda espanta, porque parece um sacramento que “sela” a pessoa para a morte.
Na verdade, esse é um sacramento de vida, pois, como todos os outros sacramentos, tem a finalidade de sarar, de animar e perdoar os pecados. Sim, a unção dos enfermos perdoa os pecados, e isso foi mencionado na Escritura e confirmado pela Igreja. Segundo as normas de cada diocese, essa graça pode ser propagada nas celebrações individuais ou coletivas.
A unção pode ser ministrada para todos os doentes em perigo de morte e também para aqueles que farão uma cirurgia delicada. O óleo deve ser de oliveira ou extraído de plantas onde há dificuldades para encontrar essa matéria. Normalmente, o sacerdote leva consigo um recipiente com o óleo, para que, caso haja necessidade, faça uso dele. A unção é feita na fronte, nas mãos ou numa outra parte do corpo se não for possível nesses locais.
A fórmula desse sacramento diz: “Por essa santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em seu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos seus pecados, Ele o salve e, na Sua bondade, alivie os seus sofrimentos”. Que maravilha de sacramento, porque alivia os sofrimentos! E que grande sofrimento é o pecado! Que grande sofrimento passam tantos irmãos nossos no corpo e na alma! Recorramos ao Senhor para que Ele sare e salve os nossos irmãos doentes no corpo e na alma.
Nesse pouco tempo de sacerdócio, já vi Deus curar e restaurar a saúde de muitos, e também já O vi fortalecer pessoas na hora de morte, dando-lhes uma morte tranquila e em paz, porque foram perdoadas e ungidas.
Conhece alguém doente no corpo e na alma? Indique-lhe um sacerdote, verifique se na comunidade há celebração para os enfermos e avise esse doente ou um parente próximo dele. Não deixe essa graça passar.

Fonte: Canção Nova


Padre Marcio

Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn