É
interessante que nós, homens de Deus, pessoas de boa vontade, ao
discernirmos nossos candidatos verifiquemos quais motivos nos levam ou
nos afastam de certo candidato. Temos que refletir na nossa consciência
o que há por trás desta escolha. Este processo de conscientização nos
ajudaria a melhor escolher segundo nossas próprias convicções.
Na política, temos que escolher o que? Nossos representantes, pessoas
que vão votar as leis e pô-las em prática para o benefício comum e do
mais fraco. Escolheremos aqueles que, do ponto de vista estruturado vão
fazer a lei , executá-la e julgar sua aplicação.
O mais interessante - e que muitas vezes é esquecido – é que a
autoridade suprema do país num regime democrático é o povo. É o povo
quem escolhe estes representantes segundo o que julgou a respeito deles,
por meio do voto – muito acima de qualquer mobilização posterior – é o
grande meio de ser usado seu poder. Outrossim, por mais que seja
verdade este poder máximo, é evidente que pode não se saber usar tal
potência. Também seu resultado não se dá segundo o interesse único de
cada um, mas da maioria. Infelizmente tal povo, tal supremo líder do
país, parece fazer uso deste seu poder sem a consciência apropriada de
sua importância, sem se basear nos meios corretos para isto. O poder do
povo pode muitas vezes ser utilizado mediante motivos desvirtuados dos
princípios verdadeiros que o deveriam guiar. Muitas vezes, estes
escolhem seus candidatos por motivos incorretos como simpatia,
desinteresse, favores, amizades, atração do marketing, partidários que o
influenciam, e assim acabam escolhendo candidatos que não são as
melhores opções, ou que pelo menos, não precisam ser forçados a terem as
melhores ideias e propósitos.
É nesta hora, antes de qualquer outra, que nós, este povo,
precisamos ser conscientes e conscientizarmos. Este que vai ser
escolhido e defendido comunga com o direito, a verdade e a justiça? Essa
pessoa fará – por que em seu histórico já fez – o que é certo, justo,
promissor, importante?
Para nós que respeitamos a vida, o progresso, a liberdade, a justiça,
os valores morais e éticos, o bem comum, precisamos nos apoiar nestas
premissas, temos que buscar em nossos candidatos tais pontos, e esquecer
o que é motivação errada. Porém, devemos levar em conta que não é um
jogo de quantidade de pontos a favor e quantidade de contras. É preciso
ver cada fato, e cada ponto, pois alguns deles podem simplesmente anular
todos os outros, por mais que sejam numerosos, como é o caso de ser
contra a defesa da vida ou da liberdade.
É inadmissível escolhermos por partidarismo, apadrinhamento político,
amizades, favores, pois nós estamos escolhendo pessoas que vão passar
anos decidindo a vida de todo a nação, estado e cidade, depois do tempo
de votação é dificílimo voltar atrás. O pior mal numa hora destas é se
basear em militantes de um só lado, ou ter que ouvir quem já está
obcecado pelo candidato.
Temos que desde já escolher bem, e isto deve ser feito de acordo com o
que já vimos a pessoa fazer, pelo que ela se propõe, pelo que ela é
capaz. Neste momento é hora de deixar de lado as opiniões circundantes e
próprias e ver os fatos, das varias formas, das várias maneiras.
Deixando às vezes até o orgulho e os pontinhos de honra do próprio
histórico partidário de lado. E quanto ao candidato em questão, vermos
dentro do contexto que se apresenta, se ele se mostra digno de nossa
escolha. Estes pontos já citados podem ajudar, mas temos que analisar
melhor, ouvir o que a mídia diz – porém nunca de uma só fonte – assistir
e saber dos debates, conhecer seus programas eleitorais, entender o que
significam, ouvir quem defende um candidato e quem defende o outro. É
claro que devo procurar nos mais sábios, nos mais atentos às realidades
atuais, sabendo, é claro, que estes não tem a palavra final. Saber
ainda, o que a voz oficial da Igreja em suas notas, pronunciamentos,
representantes diretos oficiais orientam, separando devidamente o que é
opção pessoal e o que a sua voz oficial.
Com isto em mãos, é preciso agora, refletir e meditar bem e ir ao
grande juiz, o grande guia: Levar para diante de Deus e discernir
devidamente. Como são coisas tão importantes da nossa vida e da de
tantas pessoas, então devemos mesmo esperar de Deus esta resposta, ainda
que seja, devido nossa surdez, não por sua voz, mas por sua condução,
pois à medida que entrego algo a Deus, Ele vai tomando o controle das
ações, desta decisão. E deixemos Deus dar força ao que é argumento
verdadeiro, e eliminar o que é falsa motivação, até que caiam por terra
todos os enganos. Pronto! Estando conscientes de qual é o melhor
candidato, estando conscientes de diante de Deus termos visto os motivos
justos para escolhê-lo, passarmos a usar estes argumentos para defender
e apoiar esta escolha. Assim saber dialogar, saber iluminar, sabendo
não ser partidários, e sabendo estar aberto a continuar ouvindo a Deus,
pois posso ouvir melhor mais adiante. E vamos consciente para esta
votação. Podemos errar? Sim, mas desta maneira estaremos bem mais
confiantes, de consciência reta, e atentos à verdade de que só Deus é
perfeito.
Fonte: Comunidade Católica Shalom
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